Hoje parei pra pensar em um tópico do fim da minha adolescência pro começo da idade adulta. Nessa época meus pais tinham ainda menos dinheiro que o convencional, e ainda menos inteligência emocional do que o de costume. Eu era um estudante, de uns 20 anos, em um estágio que ganhava uma miséria, sem lá muito traquejo social. Minha vida em casa era um porre, humilhações, ameaças de expulsão, brigavam comigo, entre si, com os vizinhos, se bobear até com o cachorro, mas o que mais me lembro disso tudo era como eu me forçava a sair de casa. Tipo, lembro claramente de ter saído com uma garota do Tinder, sem vontade alguma, ela no chat já passava uma vibe totalmente lelé da cuca, era obcecada por alguma dupla de sertanejo universitário ou algo do gênero, puta papo torto e mesmo assim eu sai com ela simplesmente porque a alternativa a isso era muito pior. Óbvio que tinha a libido de um cara de 20 anos aí no meio, mas isso não se aplicava só pra sexo, já fui em shows sem querer ir, já mantive amizades sem querer manter, já assisti filmes que não queria assistir. Comentei com a minha esposa disso, ela falou que nunca passou por algo parecido. Óbvio né, ela tem uma família estruturada, pais que a amam, sempre fizeram de tudo por ela. Sabe, eu imagino quanta gente por aí se força socialmente simplesmente por falta de uma estrutura familiar mínima, quanta gente que sofre coisas bem piores do que eu, agressões físicas ou sexuais. Enfim, fiz mó textão pra falar isso, galera viaja nisso de red pill, beta, alpha, homem provedor, ficam importando um monte de pautas do primeiro mundo e esquece da desgraça que é nossa realidade, as vezes as pessoas se submetem a relacionamentos péssimos simplesmente porque qualquer alternativa é ainda pior.

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  • Olha, eu venho de uma família desestruturada. Tive uma infância complicada, uma adolescência caótica, marcada pela separação dos meus pais, e o início da vida adulta foi muito difícil. No meu primeiro relacionamento sério, achei que aquilo seria a minha salvação, mas me decepcionei. Depois vieram outros relacionamentos e a experiência foi a mesma. Com o tempo, percebi que estava presa a um ciclo que precisava ser quebrado. Quem vem de famílias assim precisa ter essa consciência e assumir a responsabilidade de romper padrões. Hoje, não tenho mais medo da solidão nem entro em um relacionamento apenas para não me sentir sozinha. Adotei o estoicismo, aliado a anos de terapia, e isso foi transformador. Antes de buscar felicidade em alguém, é necessário se curar. Só assim é possível construir relações saudáveis.

    Por onde começou no estoicismo?

    Comecei buscando informações dessa filosofia de vida no YouTube e também através da leitura. Adoro ler, então me aprofundei bastante.