Pessoal, queria ouvir a opinião da comunidade.
Estou revisando minha alocação de longo prazo e cheguei à conclusão de que preciso aumentar exposição internacional. A ideia seria via IVVB11 (S&P 500), com horizonte de 20+ anos.
O ponto que me deixa em dúvida é o contexto atual:
S&P 500 em máximas históricas
Forte concentração do índice em Big Tech
Narrativa de IA puxando valuations (Nvidia, Microsoft, Apple, etc.)
Múltiplos acima da média histórica em alguns setores
Nesse cenário, estou considerando aportar cerca de 20% da minha carteira em IVVB11, como parte de um ajuste estrutural de alocação (não trade).
Queria ouvir opiniões de quem já investe em IVVB11/S&P 500 há mais tempo e como vocês estão enxergando IA dentro dessa alocação.
O que vocês fariam no meu lugar?
"Com um horizonte de 20 +", só aporta e deu. Não sou a Mãe Dina, mas eu te garanto, daqui a duas décadas, nem o dólar vai estar em R$ 5,53, nem o S&P 500 vai estar estacionado nesses 6.800 pontos. O tempo resolve o preço, o que importa é o tempo de exposição
Time in the market >>>> timing the market
O recomendado em geral é diversificar globalmente, além dos EUA. No Brasil, o ETF mais famoso é o WRLD11.
A ideia é que caso os EUA passem anos andando de lado após uma possível bolha de tecnologia estourar, você estará investido em outros mercados além dele que podem subir nesse tempo.
Esse ano, por exemplo, o VT (global) superou o VTI (EUA).
Outro ponto que pode ser interessante é aumentar a concentração em empresas pequenas e de valor, para diversificar das grandes de crescimento, mas isso aumenta o risco da sua carteira. Como você pretende dedicar apenas 20% à fatia internacional, eu acho desnecessário a complicação.
63% é USA
O bom do mercado de ETFs é que você pode ajustar para quanto quiser.
Quer mais USA? Aumente a alocação em VTI.
Quer mais ex-USA? VXUS.
Emergentes? VWO.
Ou, se você não quer apostar em nenhum desses e apenas seguir o que o mercado considera justo, temos o VT/WRLD11 para facilitar a vida.
Qual seria o plano alternativo?
Mesmo se existir uma bolha e ela vier a estourar, não sabemos nem quando nem como isso vai acontecer. Não sabemos se o índice algum dia vai valer menos do que vale agora.
Se o ativo corresponde ao seu perfil de risco e seu horizonte de tempo, o melhor dia para investir é hoje.
Boa resposta.
Investir em ações de setores que estão estagnados (em valor das ações) mas que certamente vão voltar a subir ou, pelo menos, não devem cair mais.
Varejo de consumo (Walmart), healthcare (UNH), transporte (Uber)
Eu falava do plano alternativo para quem quer investir em SP500 mas está preocupado com a bolha, não para quem quer fazer stock picking.
Se você está preocupado com bolha de IA no SP500, quer investir no SP500, a única forma é fazer stock picking de empresas que estão no SP500 e não tiveram valorização parabólica.
Se você não quer fazer isso, então investe no SP500 e tanka a bolha, ué
Fato! Não tem como estar preocupado com a bolha e não querer fazer stock picking em relação ao SP 500
Mais dinheiro foi perdido esperando pela correção do que na correção em si!
Acho que vale a pena só aportar e seguir a vida, se corrigir pra baixo, depois vai corrigir pra cima e em 10 anos você ganhará dinheiro
Entendo, num gráfico de ano, un ano e quase irrelevante . Mas otimizações sempre são bem-vindas.
O fato é se a correção vier no próximo mês, parabéns, você esperou e deu certo
Se vier daqui a 3 anos, tu ficou um puta tempo perdendo esperando a correção que demorou a vir (ou não esperou e entrou em um ponto mais caro do que agora)
Não importa, veja a queda de 2008 e o quanto ficou 10 anos depois.
Vai tentar adivinhar, vai errar e vai perder.
https://preview.redd.it/pp2zaq4kas8g1.jpeg?width=1198&format=pjpg&auto=webp&s=3f6e0348ab95b94f9ed041ec0d371970bb579c9c
Isso daí é nasdaq. Sp500 não foi tão assim.
Vou alocar em WRLD11, por ser um ETF mais global e diversificado, com menor concentração direta em Big Tech/IA. A ideia não é fugir de IA, mas diluir esse risco.
Para evitar tanto o erro de ficar esperando uma correção quanto o desconforto de entrar tudo de uma vez em máximas, optei por fazer o aporte em 4 parcelas iguais, a cada 30 dias.
Obrigado pelas contribuições — ajudaram bastante a clarear a decisão.
OP, considere VWRA11. Veja o vídeo do Geraldo Burigo comparando ambos ETFs e vc vai ver que o VWRA é muito mais efetivo tributariamente pra quem é de fora dos EUA.
Eu tenho aportado em VWRA, mas fico nessa dúvida tbm. O que me conforta um pouco é que minha mentalidade é ir coloca do aos poucos até balancear minha renda fixa e variável, e pensar em investimento nos próximos 30 anos. Então qualquer coisa pode acontecer nesse tempo, não tem pq sofrer por antecipação
Como dizem, time in the market beats timing the market.
Ou seja, somente entre no mercado. Quanto antes entrar melhor. Se tiver achando o IVVB11 caro, aporte menos nele e mais em outros ETFs com menos exposição aos EUA.
Máxima histórica não é problema nenhum. O S&P 500 está na maior parte do tempo em "máxima histórica". Se vc não tem perfil para RV o melhor é ficar na RF.
A resposta está em sua pergunta: num cenário de 20 anos, o preco de hoje, do ano passado e do ano que vem não tem a menor importância. Afinal, como estará o SP500 em 2045? Compra e esquece.
Acho difícil apostar tanto numa correção. O mercado é meio burro as vezes, mas a gente já sabe o quão difícil é ganhar dinheiro no mercado acima de índice. A hipótese do mercado eficiente talvez não seja 100% correta, mas pra leigos é melhor pensar que é, então é melhor só considerar que a bolha tá precificada.
aporta um pouco nisso e um pouco no DI aproveitando que ainda tá alto.
se vier a correção no curto prazo , vc saca DI e põe
Isso me faz lembrar uma conversa que tive com um amigo meu sobre o SP 500 lá por volta de 2015 (não lembro direito). Era a primeira vez que o índice batia os 2000 pontos. Esse amigo me falou com essas palavras: “que absurdo!!! Nunca que o S&P vale tudo isso. Isso só pode ser uma bolha!”. Ainda bem que não comprei essa narrativa e continuei comprado e aportando no S&P. Hoje é mais fácil ainda pq dá pra fazer sem sair da B3.
S&P em máximas assusta, mas com horizonte 20+ anos isso tende a perder força como argumento para “esperar”. O mercado pode subir mais ou cair muito antes do seu horizonte, então tentar acertar o topo geralmente é perda de oportunidade. Uma abordagem simples e prática é fazer aportes fracionados (DCA) ou escalonar a entrada ao longo de alguns meses para reduzir o risco de timing.
Sobre concentração em Big Tech e IA: é real — índices cap-weighted naturalmente concentram em vencedores. IA pode sustentar crescimento de lucros, mas também traz risco de rotação e valuations esticados. Se isso te incomoda, combine IVVB11 com outras alocações internacionais (ex-US, small caps, value) ou reduza um pouco a parcela imediata; se não, aceite a concentração como característica do S&P e foque no rebalanceamento ao longo do tempo.
Se a ideia é 20% da carteira, verifique se isso respeita seu perfil de risco e como fica o rebalanceamento: definir um percentual-alvo e aportar para voltar a ele ao longo do ano costuma funcionar bem. Pense também em custos/corretagem, impacto cambial e em manter reserva de emergência — tudo isso muda a melhor forma de escalonar os aportes.
Eu acompanho minha parcela internacional usando o sigmafy.app — me ajuda a ver a participação do S&P na alocação e controlar quando preciso rebalancear; lembrando que lá eu cadastro as compras/vendas manualmente, ele já tem suporte a ações/ETFs dos EUA, BDRs, FIIs e outros ativos da B3.
A sua resposta pode ser dita com uma pergunta: Se você investir e cair 40% e ficar com essa perda nos próximos 3 anos, você não vai vender e continuará aportando?
Se a resposta for sim, Ok vale a pena.
As metricas probabilísticas mais usuais de retorno esperado mostram que o S&P500 vai dar um retorno pífio nos próximos 10 anos. Racionalmente você deveria aportar nos mercados com melhores retornos ajustados por risco (bolsa brasileira é um desses). Agora, emocionalmente falando, é difícil fazer isso, focar em brasil/emergentes e ignorar bolsa americana até ter um melhor retorno esperado. Na dúvida, vai aportando só um pouco, se cair, aumenta os aportes.
IVVB11 significa que seu dinheiro ainda está no Brasil.
Você diversifica só parte do risco, ainda está sob jurisdição das leis, impostos e judiciário brasileiros.
Essa é a maior bulllshit da Internet. Isso daí é só pra corretora ganhar com spread do dólar e o governo com IOF. Compra o ivvb11 e não dá bola pra esse cara.
Melhor pagar 1,1% de IOF sobre o aporte uma vez na vida que 0,25% ao ano de todo o seu saldo acumulado incluindo rendimentos todos os anos pro resto da vida.
Mais 1,5% de spread...mas a perda da possibilidade de ganhar com o aluguel dos ivvb11. Não compensa.
Se você não planeja sair do Brasil, não tem porque querer fugir da jurisdição brasileira.
Ontem mesmo tinha um sujeito aqui que abriu um tópico reclamando que um juiz qualquer deu uma ordem qualquer e bloqueou todas as contas deles em todos os bancos no Brasil.
Isso acontece em qualquer país do mundo. Nos EUA o juiz também tem competência pra bloquear contas bancárias por exemplo.
Claro que tem mas digamos que a justiça brasileira seja um pouco mais... volúvel.
Morando aqui dificilmente você vai ser alvo de qualquer processo nos EUA. Agora qualquer Zé Mané pode te processar aqui no Brasil por qualquer motivo e cabeça de juiz brasileiro é mais aleatória que roleta de cassino.