Só hoje, com 23 anos, eu consegui enxergar algo que me deixa profundamente angustiado.
Acho que muita gente já passou por situações parecidas na época da escola. No meu caso, eu e outros garotos fazíamos bullying com algumas meninas. Existia aquela “cena clássica”: escolher quem era a “menina mais feia” da sala, ridicularizar, fazer comentários sobre aparência, cabelo, traços.
O problema é que, olhando isso hoje com maturidade, eu percebi um padrão muito claro. Todas as meninas que a gente chamava de feias, que a gente humilhava, tinham algo em comum: eram meninas pretas, com cabelo crespo, com traços negros. A gente zoava o cabelo, o rosto, coisas que elas nunca tiveram culpa nenhuma de ser.
Na época, eu não tinha essa consciência. Não pensava em racismo, não pensava em estrutura, não pensava em nada disso. Mas hoje é impossível não se perguntar: será que elas eram ridicularizadas simplesmente por serem quem eram? Pelos traços, pela cor, pelo cabelo?
Isso me gera uma angústia enorme. Sinceramente, se eu tivesse contato com alguma delas hoje, eu pediria desculpas de verdade. Não uma desculpa vazia, mas um pedido de perdão consciente, sabendo que aquilo pode ter marcado a autoestima de alguém pra vida inteira.
Quando você é criança ou adolescente, esse tipo de violência parece “brincadeira”. Mas não é. Imagino o quanto isso deve ter doído pra elas, principalmente numa fase em que tudo já é confuso, inseguro e sensível.
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O importante é reconhecer os erros, coisas que muito gente não é capaz de fazer.
Fico feliz que existam pessoas como você!
Infelizmente as pessoas só percebem isso quando o estrago já tá feito e isso é estrutural. Vc e muitas outras pessoas reproduziram racismo sem ter a real noção do impacto que isso causou na vida do outro, mas pode mudar com as novas gerações sendo ensinadas a não agirem assim, porém eu já não tenho esperança. Pra mim isso vai acompanhar a gente por muito tempo, justamente pq isso mantém as estruturas sociais, ou melhor, as castas.
Por exemplo: se pessoas pardas/pretas sofrem racismo desde a infância, significa que elas tem o psicológico e auto estima destruída desde a tenra infância, deixando elas em desvantagem na sociedade, pq elas já crescem sem auto confiança, sendo um concorrente fácil de vencer, seja em processos seletivos ou outras posições sociais que exijam pessoas com psicológico saudável, digamos assim.
Falo isso por experiência própria. Se vc nasceu negro(a) seu primeiro adversário vai ser um enzo de 7 anos de idade que irá te xingar e te humilhar. Se vc sobreviver a ele, que bom, se não, sinto em lhe dizer, mas isso vai te acompanhar pelo resto da vida e vai moldar sua personalidade de uma forma bem profunda.
Quando vc vê uma pessoa branca sendo simpática, confiante, extrovertida, comunicativa, etc, pode ter certeza que muitas dessas habilidades só foram desenvolvidas pq ela se desenvolveu em um meio saudável que favoreceu sua auto confiança, e isso vai determinar o nível de sucesso em várias areas da vida dela, incluindo a profissional, que esta ligada a manutenção das classes sociais. Se vc já cresce todo detonado psicologicamente, qual a probabilidade de vc competir com essa pessoa? Quase nula. Imagine se vc ainda por cima é pobre? Vai ter a desvantagem econômica pra somar no pacote. O negócio é mt mais profundo do que imaginamos.
Não tô falando isso pra vc se sentir mais culpado, mas sim pra ver como o racismo é uma FERRAMENTA de manutenção da desigualdade, e uma criança na pré escola, vulgo enzo de 7 anos, é um veículo para essa manutenção. Digo ainda que é um dos veículos mais cruéis, pq ataca uma criança que mal sabe o que é a vida ou qual a posição dela nessa sociedade.
Concordo totalmente com o que você disse. Isso é um fato. Uma criança que cresce exposta a preconceito e racismo desde cedo tende a desenvolver uma autoestima muito baixa. Quando adulta, ela já sai em desvantagem em relação a alguém que teve uma base saudável, acolhedora e segura. Isso gera uma desigualdade real, não por falta de capacidade, mas por falta de estrutura emocional e social desde a infância.
Quem cresce sem essa base carrega inseguranças profundas que influenciam escolhas, comportamentos e até a forma como se enxerga no mundo. Essa diferença não é justa, porque ninguém escolhe o ambiente em que nasce.
Sei que não há como voltar atrás e mudar o que eu fiz no passado. Isso já foi. Mas hoje eu posso ter mais consciência, reconhecer erros e começar a agir diferente a partir de agora.
Perfeito! Parabéns!
Tem gente que morre sem ter a epifania que você teve. E pior, mesmo explicando se recusa a entender.
Não dá pra voltar no passado, mas podemos e devemos todos ser antiracistas. Pq filha da puta na esquina pra nós fazer regredir.
As pessoas pensam que o racismo acabou no fim da escravidao mas eu me recordo de MUITOS momentos racistas durante toda minha vida (tenho 28 anos agora) Na escola, nas empregadas, em funcionárias em geral. Eu posso pensar muita merda mas esse papo de divida histórica nao é balela....
sou uma mulher parda e fui criada em uma família de pessoas negras retintas, somente meu pai é branco… Desde criança sofri muito racismo por ter cabelo crespo e na adolescência fui extremamente sexualizada simplesmente por ter a boca grande (o que é ridículo pra caramba) Por ter sido criada em uma família de homens e mulheres pretos desde cedo moldaram a minha autoestima e o padrão de beleza que eu conheci era preto, as pessoas que eu admiro desde criança são pretas e minhas maiores referência são pessoas pretas pois convivi desde sempre com isso, meu padrão sempre será esse possivelmente pois é a única coisa que eu conheço desde que nasci. Me lembro quando criança de sofrer muito bullying mas lembro também de não conseguir achar o meu cabelo feio(por mais que todas as crianças brancas me atacassem por isso) pois lembro de ter bonecas com o mesmo cabelo e cor que a minha, lembro de assistir vídeoclipe da Beyonce que eu era muito fã desde pequenininha e que tinha o cabelo igual ao meu, lembro de ver minhas tias trocando de trança e deixando o cabelo natural que eu sempre achei e reconheci como bonito, lembro das minhas barbies negras e pardas, lembro do black da minha avó e dela arrumando o cabelo antes de ir trabalhar, etc. Vejo que na família de pessoas brancas isso não é assim, quando dizemos que o racismo é estrutural provavelmente é sobre isso que também estamos dizendo. Provavelmente uma criança não vai admirar uma pessoa preta no quesito moral e estético se ela nunca nem teve contato ou não conhece uma, digo isso pois olho pra minha infância e não consigo lembrar de nenhuma pessoa branca que eu admirei que não fosse meu pai e minha avó paterna e acredito que isso talvez aconteça com crianças nascidas em famílias totalmente brancas, mas a diferença é que elas são ensinadas a não admirar e achar qualquer coisa ligada a pessoas pretas algo ruim e na maioria das vezes sujo.
Não acho que você deveria se sentir culpado por ter sido racista na infância pois o problema infelizmente é estrutural, você foi ensinado inconscientemente a não achar traços, tipo de cabelo e cor de pessoas negras e pardas algo bonito. É ótimo o fato de você ter reconhecido que o bullying que você praticou além de ser bullying era racismo, mas o importante é que hoje em dia você não pratica mais nenhum dos dois e compreende a forma como o racismo é e sempre foi um câncer na sociedade e como isso impacta diversos âmbitos da mesma.
Meio triste dizer isso mas lendo esse seu relato eu senti meio que uma “inveja do bem”. Fui criada em um ambiente de pessoas brancas e pessoas pardas que não tinham tantos traços afro como eu tenho e senti o impacto do racismo desde a minha própria mãe, que é uma mulher negra filha de um preto e uma indígena que tinha uma pele mais clara, que sempre atrelou fenótipos e cultura afrodescendente a algo feio, ruim, mal e perverso, que me ensinou que o belo e o desejável eram traços brancos e o que estava culturalmente ligado aos brancos. Isso me levou a alisar o meu cabelo crespo, o qual ela sempre chamou de “ruim” e “rebelde”, aos 10 anos de idade. Ano passado, aos 19 anos, após passar a adolescência estudando sobre o racismo estrutural e adquirindo letramento racial, eu percebi que meu cabelo não era nada daquilo que os outros me diziam (dizem na vdd) e que na vdd eu o amo, mas tanto eu no passado, quanto as demais pessoas que odeiam cabelo crespo, fomos levados a tomarmos isso como “fato” sem sequer notarmos e nos questionarmos do pq levamos isso como “fato”, e a partir daí, decidi fazer transição capilar. Desde então ouço coisas absurdas da minha mãe, mas não tenho um pingo de raiva dela por isso, muito pelo contrário, a enxergo como mais uma vítima do racismo estrutural que a levou a odiar os traços fenótipos afro que ela mesma possui e que faz parte de sua identidade, tendo em vista os episódios que ela narra que passou na escola, sobretudo por causa do cabelo dela que é naturalmente cacheado e volumoso (ela começou a alisa-lo desde jovem). Ela, bem como a sociedade brasileira em geral, reproduz o que os colonizadores que fundaram nossas estruturas sociais estabeleceram como “verdade”, sem sequer se questionar como e pq surgiu essa suposta “verdade”
Fico feliz por você ter crescido em uma família que reforçou a sua estima e te proporcionou a possibilidade de se ver como bonita, mesmo com o racismo da sociedade.
Morei a vida toda com a minha mãe, que é branca, as pessoas mais próximas de mim sempre foram brancas. Meu pai é negro e foi muito presente, mas ele estava totalmente inserido no mundo “branco”. Todas as pessoas próximas de mim eram brancas e eu percebia a diferença de tratamento direcionada a mim.
Meu pai, como preto retinto, ganhou o respeito aparente da sociedade porque ele tinha poder. Eu, já adulta, procurei o respeito focando na minha aparência e intelecto, mas ele é aparente, pois essa estrutura está enraizada na sociedade.
Eu, como mulher preta, sofri esse tipo de situação a minha adolescência inteira; isso destruiu minha autoestima e a possibilidade de eu conseguir me ver como uma mulher que está no mesmo nível das outras. Minha vida é marcada por rejeições.
Não sou feia, hoje atraio os homens pela minha aparência e personalidade, mas algo sério, com uma preta? Fui criada em um mundo em que eu estava rodeada de brancos, pela minha classe social; é muito difícil ser vista de igual para igual se a sociedade não me trata como igual.
É falaciosa a afirmação de que amor-próprio depende apenas de nós mesmos; a maneira como a sociedade nos vê também afeta a forma como nos percebemos.
O que relatei pode piorar o seu arrependimento, mas você deveria saber o que possivelmente causou nessas meninas. Pelo menos você está arrependido. Se tiver filhos, espero que os ensine a respeitar todas as pessoas e a fazê-los entender que o tipo ideal de beleza é derivado da imposição social, e não da vontade individual.
Compre bonecas negras, mostre negros de sucesso, respeite as pessoas pretas no seu cotidiano. Eles entenderão pelo seu exemplo. Assim, será mais difícil que reproduzam o comportamento social que você aprendeu desde a infância, motor das ações das quais você se arrepende.
OP, se vc é lido como hétero e branco, vai estar sujeito a isso. Nós somos condicionados a pensar assim. Comecei a mudar mesmo por volta dos 17, 18 anos, trabalhando e convivendo com outras pessoas. E vem sendo um processo constante deste então. Ler ajuda, falar com os outros ajuda.
Já fui racista e misógino sem perceber. O típico cara tosco que se acha "racional", frio e calculista. As vezes, reflito sobre as coisas que pensava/falava no passado, e fico surpreso que não virei redpill ou coisa pior.
É foda isso... eu e minha família somos de pele mais escura, não chegamos a ser negros, e tipo assim, minha mãe vivia falando coisas do tipo "faz serviço de branco, não de negro", quando escutei isso dela pensei tipo "e eu sou o que porra? Branco do olho azul??"
Pelo menos vc tá reconhecendo que o racismo estrutural existe, que as pessoas desde jovens são levadas a reproduzi-lo muitas vezes sem sequer perceberem—que n foi o seu caso mas existem casos em que isso acontece—ou sem se questionarem o pq estão fazendo aquilo de tão “natural” que tal atitude é na nossa sociedade desde o princípio dela—que acredito ter sido seu caso na época da escola. Muitas pessoas por aí, até as mais letradas, dizem que esse problema não existe, chamam de vitimismo, mimimi ou dizem que é algo que ficou no passado.
E tal racismo que afeta as pessoas pretas desde o inicio da vida delas—tal qual essas meninas devem ter passado, eu sofri racismo desde a 1° vez que eu entrei numa escola—gera uma ferida impossível de cicatrizar, vc passa a vida toda lutando contra o ódio constante da sociedade contra vc, além de passar a vida toda desconstruindo todo ódio que ela te fez sentir de vc msm por vc ser quem vc é, isso para aquelas pessoas pretas que tomam consciência racial, as que não obtém isso, muitas vezes por falta de acesso a esse conhecimento e/ou falta de incentivo a busca-lo, passam a vida toda achando que a sociedade está certa quanto a isso.
Eu tenho cabelo crespo e fui levada a alisa-lo pela 1° vez com 10 anos por imposição social na intenção de me sentir menos perseguida e excluída socialmente por causa do ódio que as pessoas destilavam contra ele, só no ano passado, aos 19, depois de muito estudo sobre o racismo na nossa sociedade e depois de tomar muita consciência racial ao longo da minha adolescência, que eu fui perceber que não era vdd que meu cabelo era feio, era “ruim”, era pior que todos os outros e que eu não gostava dele, que na vdd tanto eu msm quanto os demais que destilavam ódio contra o meu cabelo fomos levados a acharmos que isso é uma verdade, um fato, por causa de toda uma estrutura social feita para oprimir pretos e tudo que for atrelado a eles, que começou desde o surgimento do Brasil e vem se reproduzindo até os dias atuais de forma velada, “naturalizada”. Desde então, iniciei minha transição capilar e hoje amo todas as características do meu cabelo que antes eu pensava que eram feias e que por isso eu deveria n gostar
Bacana seu reconhecimento disso, mesmo tarde, pelo menos em vida ainda. Eu também me toquei de algum assim, não praticado por mim, mas por outro, convivi com um comportamento racista em minha rua por anos, mas so consegui ligar as peças anos depois, contei para algumas pessoas e elas ficaram chocadas, assim como eu também fiquei ao chegar nessa conclusão.
Não só doído, deve doer até hoje, eu sei pois também era chacotado e excluido na época de escola, e ainda sinto algumas inseguranças até hoje.
Tenho um primo que já foi racista e depois se arrependeu também.
Ele xingou uma garota pelo MSN e a mãe dessa garota veio falar com ele e ele reconheceu o erro dele
Gostaria de pensar isso um pouco mais a fundo. Acho belo o seu arrependimento, porém eu não acredito em perdão, sou como os ciganos tradicionais. O bullying é um problema sério demais e nunca foi aprofundado como deveria a imensa crueldade das crianças, e o que fazem em nome do pertencimento. Na vida adulta e até a morte, tudo continua igual. Só mudam as vítimas: ora é o pobre, ora os gays, e se você tiver o azar , ou a curiosidade, de entrar num boteco qualquer, verá adultos e velhos cometendo a mesma crueldade, só que as vítimas não estão ali, ouvindo, portanto a hipocrisia reina. Para variar. Mulheres são mortas, gays são massacrados até o fim de suas vidas, para o gay o bullying não termina nunca. "Ah, mas eu 'até' tenho amigos gays". É, tem , mas basta um conflito entre você e ele e você parte para xingos homofóbicos. E errei ao dizer que precisa ir no boteco. Nas universidades, no curso de cinema ou literatura, o palestrante mais culto vai te matar, se você for mulher e te socar até a morte, também, se você for homossexual. Se preto ficar na favela, tudo bem. Mas, ai dele se for o seu chefe lá na empresa. O mundo é muito lindo, demais, não é?
Não passando pano mas a juventude é famosa pelo esteriótipo de idiota não é atoa! Foca que agora como adulto vc não vai cometer os mesmos erros e no futuro quando tiver um filho, ja sabe como orientar caso isso venha acontecer novamente e corrigir isso!
O op pode seguir tranquilo, mas com certeza deixou uma marca nessas meninas
Essas marcas podem levar alguém até a um suicídio!
Mesmo , eu mesma já tentei me matar inúmeras vezes quando era criança porque certas pessoas fizeram isso comigo , carrego sequelas até hoje
Op, acalma teu coração. Sou uma pessoa negra e entendo o que você passou. Além do mais eu mesmo tive atitudes racistas e mega preconceituosas na minha adolescência. Não está tudo bem, mas não tínhamos maturidade para entender a gravidade disso e se culpar hoje pelo passado não é algo que deva ser feito.
Nós crescemos, evoluímos e aprendemos. E tá tudo bem. 🙂 O fato de você reconhecer isso hoje e não reproduzir essas falas e ações, já é um avanço e uma evolução louvável. Relaxa. Faz parte da vida errar.
Sobre as pessoas que possivelmente foram afetadas, eu entendo sua preocupação. O melhor a fazer é torcer (sim, torcer) para elas estarem bem hoje em dia.
Acho que toda mulher tem uma insegurança que leva da época da escola, principalmente nesse período que os meninos começam a nos tratar diferente e nos sexualizar. Sem dúvidas é muito pior para mulheres pretas. Não vou mentir para você, provavelmente elas lembram de todo o bullying e lidam com as consequências disso até hoje.
Minha psicóloga sempre me fala (quando eu erro em alguma coisa) que se culpar é diferente de se responsabilizar. A culpa te deixa inativo, mas quando vc se responsabiliza vc consegue agir sobre isso, mudar e fazer diferente no futuro. Talvez daqui para frente tentar se informar mais sobre o debate antirracista e, caso um dia tenha filhos, ensinar isso para eles.
Enfim, pelo menos você percebeu! Muita gente continua com os mesmos comportamentos o resto da vida. Toda criança já reproduziu comportamentos problemáticos, a gente não tinha maturidade para entender (e muitas vezes não tinha ninguém para ensinar).
Vim te contar o final dessa história: essas mulheres estão por aí BELÍSSIMAS, enquanto as meninas branc4s que eram veneradas na escola embarangaram, pois sua genética e quantidade baixa de melanina não as favorece no processo de envelhecimento!
Fico feliz por te ver tomando consciência!
Amg, n precisa atacar uma raça para enaltecer outra
Vocês passam A VIDA INTEIRA fazendo ataques nas escolas, faculdades, ambientes de trabalho, mas depois não aguentam um comentário no Reddit?
SAIBA QUE EU NÃO LIGO!
Eu não te repreendo por sentir essa ojeriza pelos racistas, pois é um sentimento recíproco.Mas não consigo esperar uma conversa racional com gente que assume que uma pessoa branca será racista olhando para a cor de pele.
E isso é combustível pra os racistas que realmente não tem vergonha de se assumirem assim encherem a boca para mostrar o quão "bárbaros" pessoas de cor são.
E o que mais assusta: graças a este discurso, sempre conseguem se enfiar em cargos de influência na sociedade, reforçando ainda mais o racismo sistêmico.
De novo, eu compreendo o sentimento, mas a não ser que isso seja convertido em violência como forma de revidar, por exemplo, brancos continuarão sendo aliciados perante esse racismo sistêmico, e pessoas de cor continuarão sendo intimidadas.
Eu estou apenas te apresentando as implicações. Se você realmente acha que isso de alguma forma está me desestabilizando ou me fazendo ficar irritado, só lamento por não ser recíproco ao que espera.
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Foi você que passou a sua tarde aqui escrevendo textão, não eu! Kkkkkk
Esse discursinho de "brandura" é bem coisa de branquitude caviar, que sabe que se os negros desse país se organizarem, os branc0s não aguentariam um dia sequer o que eles já passam há mais de 300 anos!
São discursos com "água com açúcar" como o seu que permitem que um jovem como o OP leve, no mínimo, 15 anos pra começar a entender que foi racist4!
Eu seguirei apoiando Malcolm X e deixando claro que são os pretos desse país que deveriam ter medo de ver dois branc0s numa moto!
Já o seu discurso de "deixa disso" apoia isso aqui:
N é legal generalizar tb kkk eu entendo o trauma e vingança contra uma raça inteira não faz sentido. Fica aí o conselho, vc n precisa seguir
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Que papinho de gente white mau carater!
Toda vez que você pedir para "não generalizar" sobre esse assunto, leia esse print e tome vergonha na sua cara!
Faz esse exercício: substitui o branco do seu texto por qqr outra etnia.
Soou pesado? Tá sendo eugenista igual.
O OP fez um estrago na vida de alguém, eu fiz, assim como fizeram na dele e tbm já fizeram na minha. Ninguém tá puro. Viver é isso, não é igual aos contos de fada.
Nenhuma outra etnia foi capaz de ser tão escrot4 no Brasil.
Espero ter ajudado.
Tá, e aí. Você não vai obter a retribuição e a compensação esperada tratando outra etnia com hostilidade, ou no pior dos caso, achar que uma etnia é "inerentemente escrota" por julgar que seus erros do passado são tão grandes que estão enraizados na sua própria "natureza" (outra balela).
Bom você estar ciente do racismo estrutural que acomete nossa sociedade, mas perpetuar o ciclo do ódio não trará nenhum resultado, não importa o quão justificável você acredite que seja.
Só é justificável até hoje quando é com preto e pobre?
TÁ SERTO! 💫
Não? Então você precisa concluir que a escolha sensata é unicamente maniqueísta? "Você não hostilizar brancos implica em hostilizar negros e outras minorias étnicas, não tem escolha".
É um pensamento burro, rancoroso e nos ilude na ideia de que "chumbo trocado não dói" resolve coisas, ponto. É você apenas querer justificar a existência do racismo perante um grupo étnico, no fato de que a gente PRECISA hostilizar o grupo que fez a intolerância, como a única forma de trazer um fim a isso.
É um sentimento justificável, mas nem um pouco racional, no qual só reforça ideias de "olho por olho, dente por dente"
Por volta de 2020, eu me lembro de seguir nas redes sociais uma garota que eu fazia bullying quando era mais novo. Com o tempo, passei a tratá-la muito bem. Fazia elogios, demonstrava respeito, mas ainda não tinha coragem de pedir desculpas diretamente ou pedir perdão. Faltava maturidade e, talvez, coragem para encarar isso de frente.
mas espero que elas estejam exatamente como vc falou
Acredite, é beeeem possível!