Eu (H26) conheci minha esposa (M23) no início de 23. Química instantânea. Nossa vida rapidamente virou aquilo que as pessoas costumam buscar sem saber que é o que realmente preferem. Tinha música, tinha harmonia, tinha verdade, tinha profundidade. Tinha vida – e a gente gostou tanto que noivamos no fim daquele mesmo ano, e já estamos completando 01 ano de um feliz casamento.
Eu amo minha esposa. Ela é doce, forte, resolvida, sempre sábia, sempre intensa. Nossa vida deu um salto desde que nos conhecemos, e estamos vivendo nossos melhores dias.
Mas…
Ela é de Curitiba. Nos conhecemos em SP, quando ela se mudou para fazer faculdade. História, PUC. Foi natural que, com o avanço do relacionamento, chegássemos naquele momento de encarar 08 horas de estrada para apertar a mão dos meus sogros.
Olhando em retrospecto, talvez tenha sido aí um dos meus primeiros deslizes. Eu estava muito à vontade com a ideia, à vontade o suficiente pra sequer pensar em me blindar dos perigos naturais que encontramos nessas situações.
Não me entenda mal, meus sogros são extremamente carismáticos e, da maneira deles, tanto quanto um curitibano pode ser, são muitos carinhosos. Mas tem um problema, e esse problema me assola desde o primeiro contato: eles são extremamente possessivos.
Fui saudado em meu primeiro contato como: “O rapaz que está tentando roubar minha filha”. Sair juntos? Não, aqui ela só sai com os pais. Sentar juntos? Imagina, ela pode ficar aqui do nosso lado, você fica confortável ali no sofá. Dormir juntos? Em São Paulo, talvez, mas aqui ela só dorme com a mamãe e o papai.
Achei que era o tipo de coisa que melhoraria com o tempo. Não melhorou. Eu, introvertido por natureza, fui rindo amarelo e fazendo cara de paisagem. Nunca me impus, nem falei sobre como aquilo me incomodava. E acho que isso virou uma carta branca para que assédios maiores entrassem sem bater na porta.
Quando estávamos perto de noivar, eles pediam, com os olhos marejados, que casássemos lá. Depois que casamos, eles clamavam para que nos mudássemos para lá. E cada vez que um pedido era negado, um deles disparava: “Um dia você vai ter filhos. Peço a Deus que eles façam com você o mesmo que você está fazendo conosco, e que você sofra como estamos sofrendo”. Tinha risada, mas não o suficiente pra disfarçar a verdade do que sentiam.
Voltando para casa — afinal, a estrada é longa — fui sincero com minha esposa. Falei como me sentia invalidado, quase como um intruso, um parasita que tirou o que eles tinham de melhor, e perguntei se só eu ficava desconfortável.
A resposta foi complicada. São os pais dela, afinal. Ela nunca gostou de como falavam, nunca aprovou como agiam, mas simplesmente não tinha força para confrontar ou mesmo contrariar tudo o que estavam fazendo. Seguimos viagem em silêncio.
Escrevo esse relato em Curitiba, depois de mais um “atrito”, entre aspas porque mais uma vez eu ouvi sem responder. Minha sogra contava animada como quis, no dia do nosso casamento, impedir que a cerimônia seguisse. Chegou a contar em detalhes como faria — no carro com minha esposa, a caminho do local onde nos casaríamos, simplesmente tomaria outro destino, fugindo para o Paraná sem avisar ninguém. Se divertiu com a imagem do altar vazio e o noivo abandonado.
Veja, eu sei o quão difícil pode ser confrontar a dependência emocional de alguém, especialmente quando são nossos próprios pais. Eu não tenho voz para isso nesse ambiente, e não quero forçar minha esposa a ir além dos meus próprios limites, fazendo algo que a machuque.
Por isso, meu plano não envolve vingança, nem pressupõe um confronto. Ele se baseia na ausência. Em épocas festivas, o dinheiro da gasolina vira passagem, e minha esposa vai de avião ficar com seus pais, enquanto eu sigo a vida normal em São Paulo. Passo o Natal com meus irmãos, o Ano Novo com alguns amigos, e talvez a Páscoa em alguma igreja. Mas evito qualquer possível contato com a família da minha esposa.
Eu não os odeio. Pelo contrário. Apesar de todos os embates, eu gosto muito deles. Mas não posso mais investir tempo e energia em um ambiente que definitivamente não está disposto a me abraçar, e não vou forçar minha esposa — minha família — a uma situação de desconforto, um confronto de resultados tão incertos que, em última estância, pode fazer mais mal do que bem.
Sou babaca por simplesmente querer me afastar, e talvez sem nem considerar os impactos dessa ausência no todo?
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• NEOB – Não é babaca (e a outra pessoa na história é babaca)
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NEOB Filha única né? São pais que não souberam ter vida própria e saber que um dia a passarinha iria voar, eu particularmente acho doentio isso, por esse peso em um filho e querer acabar com relacionamentos dela, ainda mais com brincadeiras estúpidas, você está certinho em se afastar, só espero que sua esposa entenda pra sempre o quanto os pais dela são cansativos, e nunca em hipótese alguma more perto deles.
Não, sua forma de lidar é muito boa. Tomara que sua esposa entenda. Aqui em casa é assim com meu tio, ele não vai a nenhuma data comemorativa na casa da mãe da esposa dele. São vários conflitos, um não gosta do outro e seguem assim. Nem sempre se tem harmonia.
NEOB - Pelo título já ia dizer que é babaca, mas lendo o texto vi que não é bem assim.
Não te culpo. Deve ser horrível tá num lugar em que vc é toda hora tratado como intruso e como se não devesse estar lá e sendo alvo de piadinha. Mas saiba que enquanto vc não estiver lá eles vão aproveitar pra te descascar na frente dela dizendo o quanto vc é horrível por não passar o natal com ela e a família. Ela tem que criar coragem pra te defender mais
Engraçado que quando os pais dela casaram eles tiveram que sair da casa dos pais deles e criar a própria família. Agora com ela, ela tem que tá sempre debaixo da asa
sua esposa meio que ta vendo eles falando coisas absurdas e não dizendo nada, tá bem errado isso... Você também não precisa ouvir nada quieto cara
Essa situação me deixa confuso em como julgar, pq tanto você quanto sua esposa só se adequaram a serem desrespeitados, ignorando uma jornada tão longa e linda e deixando eles diminuirem isso na frente de vocês
talvez EOT, mas talvez... Você claramente não é má pessoa mas fugir do conflito, até quando?
Eu diria EOT também. É dever dos filhos colocar limites em sogros sem noção. Sua esposa não deveria permitir que os pais dela te tratem dessa maneira. Pensem na situação contrária, se fosse uma sogra maltratando a nora, e o filho deixando sem se impor... Seria consenso que o cara é um bundão. Então para mim, você deveria cobrar que sua esposa conversasse com os pais para que parem de te maltratar dessa maneira, e ela precisa se impor caso aconteça... até porque se você se impor, é provável que isso crie um desconforto muito maior, já que eles já não gostam de você.
NEOB
A errada da história é sua esposa.
Ou ela vai aprender que você é a família dela, vai priorizar o relacionamento de vocês e não vai mais tolerar parente desrespeitando a relação que vocês tem, ou irão divorciar.
Meus pais faziam algo similar. Desrespeitavam minha esposa, meu relacionamento, disseram que não iriam durar e que eu voltaria para a casa deles, tentavam sabotar...
A última vez que me viram presencialmente foi há 20 anos. Não há perdão a quem desrespeita quem eu mais amo na vida.
Hoje eles são parentes. Esse é o nome dado a todo mundo que não é cônjuge ou filho.
NEOB
Que sogros esquisitos! Sua esposa deve ser filha única, mas isso não é maneira de lidar com o genro. Essa de imaginar deixando o noivo no altar é de uma falta de tato… Pelo amor de Deus! Eu também deixaria de ir lá. Talvez uma vez por ano e olhe lá.
Seus sogros vão a São Paulo? Como ficam quando estão na sua casa? Vocês têm planos de terem filhos?
Será que torcem para um divórcio? Será que tentam te queimar junto à filha? Seus sogros precisam de terapia…
Sinto muito, pode não ser babaca, mas vai ser divorciado em breve, se deixar sua esposa ficar com os pais dela fazendo a cabeça dela sem seu apoio, a mulher já falou que não consegue enfrentar os pais e você vai deixar ela com a cabeça sendo feita por eles, vai lá então, vê quanto tempo seu casamento vai durar.
Não devia nem ter casado sem discutir essa dinâmica, e com uma esposa que não te defende, o que você faria se teus pais ficassem mandando essas indiretas de sua esposa? como ela reagiria se você fizesse o mesmo que ela (nada) quando alguém falasse essas coisas?
Sinceramente sua esposa não vai parar de ver os pais e você é parte da família dela, você pode se negar o quanto quiser, legalmente e em frente a moral social vocês são uma família formada e por tanto ambas as famílias são unidas, ficar correndo não tem a menor chance de dar certo, mas sempre tem alguém que fala que fulano conseguiu, ou o primo do amigo, mas na verdade tem que interagir com família da esposa se ela interage, ou então não vai ter relacionamento por muito tempo, vai criar discórdia e dar em merda.
Ou ajuda ela a se libertar dos pais, ou fica junto dela quando está com a família e dá apoio e se defende, ou eventualmente vem o divórcio, sua escolha.
Sua esposa é a babaca.
Babaca você não é, mas com certeza é um banana. Por favor, não se ofenda. Eu era bem parecido com você quando jovem; era um verdadeiro banana. Passei por muitos atritos com as famílias de minhas ex-mulheres. Portanto, como dizem os esquerdistas, tenho lugar de fala aqui e vou falar: seus sogros são narcisistas e o único modo eficaz de lidar com eles é cortando relações por completo. Se sua mulher não tem pulso para botar freio neles, ela tem a obrigação de, ao menos, respeitar sua posição. Feito isso, você e sua mulher têm sua vida feliz e tranquila e seus sogros regulam seu narcisismo com visitas esporádicas da filha.
NGM. Esse é mais um dos 9 em cada 10 posts desse sub que não há babacas, é só livre arbitrio, faz o que tu quiser, é teu Natal, não tem babaquice em escolher o que tu prefere pra tua própria vida
NGM. Essas coisas de sentar junto e dormir junto não mudaram depois de casar? É até bíblico que o casal deixará pai e mãe para formar sua família. Quanto a se mudar, diga pra eles se mudarem. Acho que tem que ser claro: não quer deixar de estar com a família dela, mas eles tem que mudar o comportamento, ela tem que falar com eles.
Você é daquelas pessoas que só se junta à festa durante os feriados.
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NEOB Sua ideia é Genial e sorte a sua que você consegue despachar sua esposa, no Natal. Mas falando sério, você está certo e sua mediação do conflito foi perfeita ..ela aproveita os pais dela como desejar ..você da espaço aos pais dela e você fica com o seus familiares.. Todo mundo sai ganhando ..eu queria ter essa sorte amigo..
NEOB. Teu título tá incorretamente incompleto. Continue agindo de maneira sensata, justa, e quando adequado, de forma corretiva. Impor limites é atraente para mulheres. Inclusive dar fora nelas quando for justo.
EOT
Primeiro, tenha uma conversa extremamente franca com sua esposa de como vc se sente e diga que vc irá parar de dar o sorrisinho amarelo e irá passar a se defender.
Segundo, imponha seus limites. Na próxima piadinha ou chantagem emocional ao invés de sorrir amarelo mantenha o respeito mas confronte eles. Nem que seja apenas um “lamento que você se sente assim, mas discordo” ou então um “isso que vc disse é desrespeitoso e, portanto, irei me afastar pois não serei ofendido a toa”.
É importantíssimo sua esposa estar alinhada pra ajudar a te proteger.
Se no fim do dia ela não fizer isso, talvez seu bem estar não seja prioridade na vida dela.
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Esse papo de "sao os pais dela...."
Nem na Biblia Deus age assim... "Abeaao abandone seus pais", "Quem sao minha mae e meus irmaos? Eis aqui!" (Jesus respondendo a Maria)
Quimica nao é garantia de relacionamento dar certo a menos quando os dois sao adultos
Se sua esposa ficou ate hoje sem dar um basta nos pais dela voce realmente acha que este amor é reciproco?
Acho que por causa do seu sentimento voce nao tirou os oculos cor de rosa
Se algum dia voce tirar ela vai deixar de ser esta pessoa maravilhosa e voce começara a vê-la diferente "Fiz tudo por ela e ela nem se preocupo em me fazer sentir a vontade depois de tanta alfinetada que eu tomava"
Alias na propria Biblia diz "por isso o homem ABANDONARÁ pai e mae e ele e sua mulher serao uma so carne"
Sua esposa merece uma jogada na cara: se quer casar tem que ser adulta
Ela se aproveita da sua moloidice para deixar as coisas como estao porque isso enche o ego dela "papai e mamae me mimam e meu marido beija o meu pé"
Considerando boa parte da humanidade cheia de complexo e baixa auto estima, isso aí pra muitos é uma loteria
Is the “forte e resolvida” in the room with us?
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sua esposa está errada, o certo é ela repreender eles ou conversar nos bastidores ou começa a dar resposta atravessada eu evitaria e passaria com minha familia
Não e não vejo impacto nenhum
Olha, tem duas coisas.
Primeiro: você precisa assumir a postura de “homem”. Assumir a liderança da família que você está construindo com sua esposa, definir os rumos. Colocar limites. Lógico que você não é pra ser um autoritário, essas decisões são do casal. Mas é importante que, para o externo do casal/familia (família entenda como a que vocês estão construindo daqui pra frente), você assuma publicamente a postura de enfrentamento, confronto, de ser a pessoa que vai decidir, que vai determinar e que não permitirá que os outros passem por cima.
Segundo: sua esposa precisa blindar o relacionamento da parte dela. Ela precisa deixar claro que a família dela agora é o que vocês construírem. Que é importante para ela os pais, a presença, que ela não quer perder esse contato. Mas que se tiver que falar “eles ou o marido” ela sempre vai escolher você. E que cabe a eles não permitirem ficar numa posição de conflito que exclua eles da convivência com ela, com você e com o futuro de vocês. E preciso que parta isso dela claramente para eles para que eles entendam que em nenhum momento eles vão passar por cima de você. Que não vai adiantar eles tentarem isso porque o resultado será invariavelmente perder (e possivelmente de maneira permanente) a presença dela, de eventuais filhos ou netos.
Agora, você precisa conversar com ela e deixar isso claro. Ao meu ver, se os dois pontos não estiverem bem claros, o relacionamento não será sustentável ao longo do tempo. Ou vira um relacionamento de fachada (você vai viver como solteiro, não se importando em estar com ela, eventualmente até ter outras mulheres, decidindo e fazendo coisas só pelo que quer sem se importar com desejos, vontades, planos e opiniões dela) ou acaba.
Na realidade, essa é uma das poucas coisas que eu acho que devem ser alvo de uma “dr”. E algo que é o fundamento do relacionamento. Com isso, outras coisas podem ser avaliadas e negociadas. Sem isso, eu vejo o relacionamento como com alto risco de fracasso (e com isso vem outros pensamentos destrutivos do relacionamento: vale a pena investir tempo e dinheiro em algo pra fracassar? Vale a pena embarcar num avião com 80% de chance de cair só porque você gostaria de chegar no destino e ainda tem 20% de chance de dar certo?)
NGM
Quando a gente casa, a gente não casa com a pessoa. A gente casa com toda a família dela. São os pequenos sacrifícios que se faz, num relacionamento, por amor. Se ela quer passar as datas comemorativas com você, é o sacrifício que tens que fazer. Somos adultos, e adultos não fazem tudo que gostam o tempo todo.
Todo relacionamento é difícil. Dá esforço manter. Precisa ser nutrido, cuidado, cativado.
Ao mesmo tempo… Falo sendo filha única de pais emocionalmente dependentes de mim. Eu amo eles, não me entenda mal; mas alguns limites tiveram que partir de mim pra que eu vivesse melhor (e por incrível que pareça, eles também passaram a viver melhor)
Sua esposa não é mais criança, apesar dos pais dela assim a enxergarem. Ela é uma mulher casada, dona do próprio nariz. O limite tem que partir dela, visto que esse comportamento machuca quem ela ama: você.
Acho que não tem babaca na história. Você está querendo poupar o estresse de encontrar os sogros; mas ainda não entendeu que faz parte do pacote. Ela ama os pais, mas falta a coragem de impor limites. Quando ela passar a entender que os pais dela são pessoa como todos, e não entidades, a coisa vai pra frente.
Evitar/contornar o conflito não é a solução. Acredito que a solução parte do entendimento de que nem tudo é como a gente quer na vida, e que vocês precisam defender um ao outro incondicionalmente. É fácil amar a parte boa da vida e do outro - dificil é amar a parte ruim, a doença, a tragédia, os parentes, as ausências.
Enfim, acho que é como eu posso contribuir. Vcs precisam amadurecer como casal. Estão juntos há pouco tempo, e o casamento é uma construção, em que a gente bota de lado a individualidade pelo outro…
Perguntinha: vc acha que “curtir o natal sozinho” vai melhorar o relacionamento com seus sogros ???
Família é isso. Muitas vezes tenho que ir a lugares que não quero, porque minha esposa quer.
Ela faz o mesmo.
Eu não sou um alecrim dourado que não posso me esforçar pelo outro, deixar de ser o centro das atenções e ter um pouco de boa vontade com o próximo.
E pelo que entendi esses encontros são 1 ou 2 vezes no ano.
Chegue para a sua esposa e pergunte: pra você é importante essas visitas aos seus pais ? Se a resposta for sim, venha acompanhe e não reclame.