Aqui já alguém se demitiu de um sítio super tóxico que vos corria a alma sem ter um plano B? Tirando o facto de terem uma reserva para uns tempos e uma vontade inabalável de mandar aquele sítio todo pro c… ? Como correu? 😅

  • Já me despedi de um sítio tóxico , mas sem plano B não . Tudo depende da situação de cada um...

  • Foi logo o meu primeiro emprego. Terrível. Estive lá dois meses e mesmo as primeiras duas semanas foram demasiado.

    Não só não tinha plano B como não tinha qualquer apoio da minha família quanto à situação, tendo em conta que eles preferiam que eu ficasse lá a trabalhar porque pelos vistos "não ia voltar a ter aquela sorte".

    Well, demiti-me na mesma porque ou era isso ou era ficar toda lixada da cabeça, que já estava a começar. Encontrei trabalho três meses depois e desde aí que a minha carreira tem sido sempre a subir e a satisfação profissional também.

    Na altura foi complicado mas hoje diria que até correu bastante bem.

  • Ja o fiz, mas aviso-te de uma coisa: procurar emprego enquanto desempregado é muito mais stressante do que procurar emprego enquanto se mantém o emprego antigo.

    Eu não estava à espera de tal ansiedade. Não foi por estar a faltar dinheiro , felizmente. Foi mais aquele pânico de não estar a encontrar trabalho e não ter aquele fallback “se não encontrar nada, pelo menos tenho este emprego onde estou “. Parece que nunca conseguia acalmar-me , independentemente do que pensasse.

    passei pelo mesmo

  • Já o fiz também , mas estava em casa dos meus pais. Mas havendo dinheiro para te sustentar siga! A vida é curta para fazermos o que não gostamos.

  • Já no demitimos sem plano B, os dois ao mesmo tempo, eu e ela.

    O trabalho a ela andava literalmente a mata-la aos bocados, eu estava num ambiente super tóxico há anos.

    Ela andava a falar em demitir-se e eu cheguei um belo dia a casa e demiti-me primeiro.

    Fomos de férias para a Àsia e Serra da Estrela. Estavamos a falar em pegar no carro e ir até França, quando ela arranja um emprego muito melhor do nada, num passeio que estavamos a fazer na baixa de Lisboa, isto passado 2 meses depois, e era ela que tinha menos perspectivas de empregabilidade.

    Eu mais um par de meses e também já estava de volta à acção.

  • Acabei de entrar nesse barco sem saber onde vou parar. Entreguei a carta ontem, já não aguentava. Apesar de ser o trabalho mais estável que já tive, o dinheiro não me vale a saude mental. Tenho umas reservas, espero não ter que fazer grande rombo e conseguir algo logo no incio do ano. Vamos ver como corre..

  • Sim já, correu bem no sentido de ter tirado um peso de cima. Cada caso é um caso relativamente ao resto.

  • Oui mas convém ter dinheiro no bolso

  • Já. Correu bem. Arranjei emprego e ainda estava de férias . Áreas totalmente diferentes .

    Vou me despedir novamente, por causa de um ambiente ainda mais tóxico que o antigo . Sem emprego e com compra de casa para o interior do país .

    Mas sei que estou confortável com a situação porque juntei dinheiro para isso. A mulher também vai se despedir e vem comigo .

  • Despedi-me de uma consultora em que tinha negociado com eles se o cliente gostasse de mim, depois de 1 ano poderia entrar diretamente para o cliente. Passado 1 ano e pouco vim a saber que nas minhas costas, falaram com o cliente e pediram para não me contratarem porque já tinham perdido muita gente este ano, não lhes dava jeito. Despedi-me na hora. Aproveitei o mês de pre aviso para procurar trabalho e correu bem.

  • Por 2 vezes e correu bem.

    Tinha dinheiro suficiente para me aguentar uns 6 meses sem trabalhar e estava mesmo a precisar de não fazer nada para descobrir o que queria fazer a seguir. Não foi fácil gerir a ansiedade, ainda mais porque sempre trabalhei e estar parada mete-me confusão.

    Em ambas as vezes decidi sair por burnout que tinha contribuído para depressão séria. Analisei o que seria melhor para mim a longo prazo: aguentar e gastar essas poupanças em terapia, ou simplesmente bazar e usar esse dinheiro e tempo para respirar e recuperar a minha energia. Optei pela última opção e as coisas fluíram naturalmente.

    Não tendo dependentes nem créditos, naturalmente fez com que isto fosse possível. E agarrei-me ao mantra "vai tudo ficar bem". Às vezes só precisamos de uma pausa e de ter paciência connosco e não nos sentirmos culpados por estar "a fazer nada".

  • Bom, houve um sítio em que tinha contrato a 1 ano, e que passado 4 meses só pq o director geral não gostava de mim, fez uma reunião e disse-me: ou assinas agora um contrato de 1 ano a part time e é renovável, ou no final do contrato não renovamos.

    O meu trabalho tinha sido exemplar, era uma questão de empatia. Eu disse que ia cumprir o meu contrato até ao fim e assim o fiz. Esses 8 meses foram complicados, ambiente tóxico, muita pressão, e sem razão. Aguentei. Entretanto fui mandando currículos e no dia que saí tinha outro emprego.

    Não é o teu caso, mas poderá ser. Manda já currículos e faz com que saias com uma solução. Não sei qual é a tua estrutura financeira, eu na altura não tinha, e por isso fiz o que fiz e não me arrependo nada. É só teres auto estima e perceberes quem é que está do lado certo.

  • Ja o fiz acabei ao fim de 3 meses ganhar praticamente o dobro. Foram boas férias.

  • Ando a ganhar coragem para o fazer

  • sim, eu. o sítio nem era péssimo, eu é que estava mal da cabeça.

    em retroespectiva? fez-me bem.

    mas é como tudo na vida, o que fazes com esse tempo? se ficares em casa a coçar a micose vais acabar no mm sítio.

    se estudares, tirares certificados, fizeres networking etc etc, corre melhor

  • Já o fiz, sem plano B. Tínhamos acabado de comprar apartamento e na altura o meu filho era recém-nascido. Foi a melhor decisão da minha vida, e foi o que me permitiu arranjar um trabalho do qual gosto, mesmo que tenhamos passado por altos e baixos, e períodos de desemprego com e sem subsídio. Foram 6 anos de incerteza em que nos fomos governando, mas hoje ambos temos contratos sem termo em empresas que gostamos e cujos patrões são muito bons para nós e sensíveis às nossas necessidades familiares, tendo um filho com necessidades especiais.

    Encontramos a nossa felicidade em empresas nacionais mais pequenas, ao invés de entrar em cadeias grandes ou internacionais. Tem os seus prós e contras, mas por enquanto estamos bem.

    Obrigado por este comentário! O nosso cenário é idêntico, casa recém acabada, felizmente temos algum de lado que dá para nos aguentarmos. Ela faz o que ama e o que ela ganha cobre as despesas mensais… eu estou mesmo no limite apesar de ganhar “bem”. As últimas semanas estão a ser um inferno, acordo já lixado a pensar no trabalho, chego aos domingos e já fico com mau feitio, e eu nunca fui assim. O pior de tudo é que este era o emprego dos meus sonhos e precisamente na área de negócio que mais adoro… que frustração

  • Podes sempre meter baixa psicológica

  • Eu, e mais do que uma vez. O dinheiro não paga a minha sanidade mental.

  • Já fiz isso pelo menos 2 vezes. A última foi há 2 semanas. Havendo dinheiro para te manteres, está tudo bem. Siga para o próximo

    Sem acesso a fundo de desemprego?

    Sem acesso a fundo de desemprego

  • diria que depende da tua área de trabalho... Ha áreas mais simples que outras para se trocar de emprego. agora... se é tóxico... pira-te o quanto antes.

  • Já e correu bem. Mas o mercado de trabalho estava completamente diferente nessa altura. Hoje ponderava muito bem a decisão.

  • Já e correu bem. Mas o mercado de trabalho estava completamente diferente nessa altura. Hoje ponderava muito bem a decisão.

  • Nunca o fiz, mas conheço três pessoas que o fizeram… Nenhuma delas me parece estar num bom caminho: um acabou divorciado, outro está desempregado e foi pai e o terceiro voltou a estudar (vive sozinho e paga renda). Todos licenciados e ganhavam mais de 2.000€.

  • Já me despedi pelos mesmos motivos, sem um plano B profissional imediato. MAS, tinha um fundo de emergência muito robusto e a situação na minha area profissional era francamente favorável na época em que o fiz o que me permitiu encontrar trabalho rapidamente quando decidi voltar ao mercado

  • Sim. Estive 10 anos numa empresa. Saí sem plano B. Aproveitei para passar tempo com a família e ver as miúdas crescer.

    Quando saí tinha folga suficiente para viver perto de 1 ano sem trabalhar.

    Emigramos há um par de meses e as coisas estão a começar a organizar. Ter estrutura familiar no destino ajuda imenso.

    Vendo para trás, foi das melhores decisões que tomei. Estou muito mais feliz depois desta mudança.

  • Não, pior do que um emprego tóxico é ficar a apanhar do ar sem emprego. Morde a bala, procura outra coisa e depois sai.