Normalmente não recomendo fundos que não sejam fundos de índice.
Neste post vou abrir uma exceção: os fundos de debêntures incentivavas CDI.
Na verdade, nem é tão exceção assim, porque eles têm sim um índice de referência (CDI) e, ao contrário de alguns fundos multimercado ou de renda variável que cobram taxa de performance, eles têm ganhado do índice de referência todo semestre.
Aqui um gráfico do retorno de alguns desses fundos.
E porque delegar isso a uma gestora ao invés de fazer você mesmo?
Para pulverizar o risco de investir em crédito privado, você deveria comprar dezenas ou centenas de debêntures de emissores diferentes. Também teria que fazer contratos de swap para que sua carteira acompanhasse o CDI ao invés de estar sujeita à flutuação de títulos indexaos por IPCA+. A maioria das pessoas não tem a estrutura para isso. E ainda teriam o problema da falta liquidez dos títulos e contratos envolvidos. O gestor do fundo faz isso por você.
Esses fundos tendem a render mais de 100% do CDI no médio prazo, isentos de impostos, e com liquidez que varia de D+20 a D+45, dependendo do fundo.
São uma excelente opção para quem planeja usar o dinheiro num futuro não muito distante porém não sabem quando. Por exemplo, quem está à procura de um imóvel para comprar.
Quais as desvantagens com relação a uma aplicação tradicional? Há pequenos soluços no curtíssimo prazo, e a liquidez que não é D+0.
Depois de consideradas todas as variáveis envolvidas, podem ser um excelente negócio para muita gente.
A procura é tanta, que a cada semana tem um fundo se abrindo para mais capitalização, e outro fechando. Isso acontece porque nem sempre há disponibilidade no mercado de crédito privado para investir todo o patrimônio do fundo em debêntures incentivadas.
Em 14/11, há fundos abertos no BB, Santander, Toro e BTG.
eu tenho e gosto, vale ressaltar que ele não tem come cotas e que esses soluções eles acabam se desenquadrando de incentivado pro certo período. mto bom o post adm
Pelos gráficos, dá para ver que eles são afetados pelos mesmos eventos do mercado de crédito privado.
Também dá para ver que os desenquadramentos sempre duram pouco.
Você tem alguma opinião forte sobre os fundos vs ETFs do tipo? Como CDII11 E JURO11?
Olha, em princípio parecem ótimos, mas antes de comprar eu teria que estudar bem a carteira e a política de gestão de cada um deles, e também ia querer saber o patrimônio líquido e o número total de cotas para calcular o ágio com que estão sendo negociados na B3.
Eu faria esse esforço se estivesse buscando opções de alocação de ativos, mas não é o caso.
Você não quer fazer essa pesquisa e postar aqui?
Para os fundos CDI linkados no post, não preciso dessa diligência toda. Fico satisfeito em saber que eles têm um benchmark muito claro e sempre batem o benchmark.
Os ETFs eu tentei comparar com alguns índices e não vi muita consistência. Um aspecto positivo é que eles não têm taxa de performance, o que elimina a possibilidade de conflitos de interesse na alocação da carteira.
Gosto dos fundos de debentures incentivadas, tanto aqueles que buscam superar o CDI quanto os que buscam superar o IMA-B
particularmente, prefiro os negociados em bolsa em razão da liquidez e por distribuir os proventos (tenho migrado parte da carteira para ativos com essa característica). O duro é só aguentar o deságio que eles negociam.